domingo, 2 de novembro de 2008

Utilização didática de recursos tecnológicos como resposta à diversidade

É interessante questionar se a tecnologia é criada visando melhorar a qualidade de vida de todos ou só de alguns? A diversidade é levada em conta no momento da invenção tecnológica?
O imperativo tecnológico leva ao desenvolvimento de novos avanços, não tanto para resolver problemas, mas orientados pelo imperativo do progresso. Ou seja, a tecnologia gera novos avanços ou instrumentos não para dar respostas às necessidade das pessoas, das diferentes pessoas que convivem em uma comunidade ou cultura, mas o processo costuma ser o inverso.
Com esses avanços procuram-se soluções para os problemas apresentados pela diversidade das pessoas e que representa, em certas ocasiões, necessidades educacionais especiais, impossibilidade de realizar certas tarefas, incapacidades ou distúrbios que podem ser superados com a utilização desses recursos.
Entende-se a educação como uma atividade social com conseqüências como no plano individual como no social intrinsecamente política, esta deve conseguir fazer com que os alunos desenvolva um nível de autonomia e independência pessoal satisfatória e preparar esses indivíduos com necessidade especiais para participarem no mundo profissional e no seu ambiente sócio-cultural, proporcionando-lhes e garantindo-lhes os recursos adequados de acordo com o momento em que vivem.
Qual deve ser a obrigação da intervenção educacional em uma sociedade tecnológica diversa? Naturalmente, deve ser de garantir o aproveitamento destes recursos como caminho de acesso à participação dos sujeitos na construção da sua cultura.
Existe uma disparidade das invenções tecnológicas que visam atender as necessidades das pessoas “normais” e as que têm algumas necessidades especiais. Para cada passo dado no desenvolvimento de recursos dirigidos para eliminar as diferenças, adaptar o acesso a um programa ou atender a uma necessidade especial, já foram dados 15 no desenvolvimento de novos avanços dirigidos a pessoas que não tem “nenhum distúrbio”.



Quais as respostas dadas pelas tecnologias da informação à diversidade?
A tônica é criar produtos para o consumo do grande grupo, a maioria dos usuários os chamados “normais”. A partir desta suposta “normalidade”, surge ou se deriva à necessidade de adaptar cada novo avanço às características e necessidades dos usuários que não estão dentro desse grupo por possuírem padrões sensoriais, motores, intelectuais diferentes. Surge, assim, uma área ou subárea de aplicações dedicadas à atender essa população por meios de produtos específicos.
Dentro da área da informática existem recursos muitos variáveis tanto de apoio físico como de apoio lógico (programas).
Dispositivos de apoio físico:


Dispositivos de apoio lógico:




Dispositivos para entrada de informação

A relação computador baseia-se na entrada de informação com a ajuda de algum dispositivo que estabelece um contato e permite que o computador receba mensagens. O mais comum é o teclado tradicional, mas esse sistema não é válido para aquelas pessoas que têm movimentos espásticos ou pouco ou nenhum controle da motricidade manual.
A variedade de resposta às necessidades especificas pode ser agrupada em dois grandes grupos: dispositivos de acesso direto e de acesso indireto.
Dispositivos de acesso direto:




Como reflexão para continuar a pensar, seria preciso analisar se as contribuições das chamadas novas tecnologias, estão mais a serviço de alguns do que de outros e, portanto, em vez de cumprir uma função como respostas ás necessidades de todos os membros da sociedade, servem para melhorar o suposto estado de bem-estar dos grupos majoritários ou mais poderosos, em detrimento daqueles para os quais essas tecnologias seriam respostas a problemas e necessidades. O que você acha? O que é possível fazer a partir da educação?

4 comentários:

Wagner, Vandy, Cristiane, Rinalva, Francisca. disse...

Bem sabemos que é bastante interessante o avanço da tecnologia, no que diz respeito ao melhoramento de vida do índividuo, no entanto é necessário um certo controle e direcionamento desta nova tecnologia para que o índividuo mais necessitado seja beneficiado, e não fique somente como um espectador do processo tecnologico.
A utilização da tecnologia deve ser feita por alguem que entenda o processo de controle ou mesmo domínio social, uma vez que deve atingir em cheio as necessidades do índividuo, e propiciar-lhe um crescimento de seu intelecto.

Unknown disse...

A questão social e racional ainda é algo a ser superado. E nessa inclusão tecnologica para os ditos "normais" é algo que esta mais ao alcance. Educar aqueles que tem uma saúde perfeita, sem alteraçoes geneticas ou fisicas é algo mais acessível. A tecnologia já é escarsa para estes, imagina para os que sofrem de algum tipo de necessidade especial. Não basta apenas querer usar a tecnologia em prol de uma melhor educação, é preciso poder - poder aquisitivo - pois não é facil interagir com algo que nao se possa tocar ou ver. Isso custa caro e é preciso se pensar nisso, que educação nova estamos dando e a quem estamos a oferecendo?

Acadêmicas do curso de Pedagogia da UFMA - 6º período. disse...

Diante do que vocês colocaram é evidente reconhecer que tal situação de desproporção não se findará tão facilmente, visto que estamos tratando de uma sociedade capitalista e, portanto, subjugada aos interesses de uma minoria que não se interessa em suprir as necessidades de outras minorias pobres, limitadas fisicamente e/ou intelectualmente. Talvez se a escola trabalhe mais com parcerias e a própria sociedade se mobilizasse a ajudar, fosse possível criar um espaço dentro da escola pública adaptado a pessoas com necessidades especiais. È claro que isso não dependerá somente dessas duas instâncias, escola e sociedade, já que envolve assistir uma demanda da população, nada mais justo que os governantes também se prontifiquem a subsidiar as condições necessárias para que tal passo seja possível.
Vale ressaltar que mesmo na realidade que retrata o nosso país, de injustiças e privações, existem sim entidades filantrópicas que se preocupam em proporcionar um espaço cada vez maior de assistência e valorização das pessoas com necessidades especiais. Só que acreditamos que essa função também deveria ser exercida pela escola, enquanto entidade social que rege as relações em comunidade.

Unknown disse...

Olá!
De fato há inumeras invenções tecnológicas que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais, todavia o acesso a elas ainda não foi garantido.